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Imagens e trajes

by De Soslaio

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1.
2.
Queria pôr-me no meu lugar Mas quando me olhar Não vou evitar, não vou resistir: “fique longe de mim” Frio e seco é e as cores desbotaram Não importa mais, pois os olhos já se fecharam Me diga como perdoar Uma atitude tão néscia assim? Às vezes, penso que o meu ou o seu perdão É que é o fim Queria pôr-me no meu lugar Mas o que há de errado? O que esperava de mim? Frio e seco é e as cores desbotaram Não importa mais, pois os olhos já se fecharam E quando não houver mais o que dizer Não restará nada nem de nós E quando não houver mais Do que iremos reclamar? Fique longe Fique longe Fique longe Fique longe de mim
3.
Não me force a ver Ainda mais que orgulho é fingir Não me force a ver Erros nos fazem regredir E você não espera que No meio de tanto choro eu não tente sorrir? Mesmo que isso corroesse Ainda assim não deixaria de aplaudir Não deixaria de aplaudir É mais forte que eu Não me force a ver O mais humano é o que nos traz indiferença É o que nos traz complacência E idiota o que mostra nossa incompetência Não me force a ser Já me esqueci como se faz Pra manter o que há atrás da máscara E agora sou a própria farsa Sou a própria farsa É mais forte que eu
4.
Estelionato 04:09
Não venda a minha alma Não venda a minha dor Não venda minha fraqueza Não venda o meu rancor Não venda o meu orgulho Não venda o meu pudor Não venda a minha raça Não venda a minha cor Não faça de mim Mártir de suas farsas Ninguém irá precisar Nem de mim, nem de nada Nada
5.
Estorvo 03:01
Agora me esqueço dos demais Meu glamour nos satisfaz Pra mim desfaz os quais não quero mais Agrada a mim, agrada a todos, nos traz alegria, nos faz companhia, faz passar o tempo, passam os dias Gosto de ver seu belo rosto Pra satisfazer o meu orgulho E nos agradam olhos atentos E nos fazem cobiçados e invejados e mimados e odiados Não me faço hesitar e não preciso me preocupar por ser torpe ou indolente estamos protegidos maquiados Ainda que me façam rir são apenas aspirantes a cidadãos Será que devo dar atenção? A atenção que agrada a mim, agrada a todos, nos traz alegria, nos faz companhia, faz passar o tempo, passam os dias Ainda que não possa pensar Ainda que não pense em mudar Não vou me misturar Nem me esforçar Nunca veremos Displicência Estamos protegidos Camuflados Protegidos Camuflados Ainda que não possa pensar Ainda que não pense em mudar Não vou me misturar Nem me esforçar Nunca veremos Displicência Estamos protegidos Embrulhados Protegidos Embrulhados
6.
Você, faça um favor Mesmo que não seja claro Traia-se, mas não traia a mim Você, faça um favor Mesmo que não seja claro Esconda ou mostre-se, até eu dizer que é o fim Você, faça um favor Seja bom o suficiente Você não vê? Preciso ser Preciso ter Alguém Que me compre Que me traga E que me larga Mas nunca Me deixa só
7.
Parsifal 03:04
Não me cobre nada Você não irá sanar As minhas aflições Nem irá curar Minha boca queimada Minha pele marcada Não quero sofrer E não ter que pagar Um preço ainda mais alto Não venha me maltratar Nem me seduzir A me renegar A me destruir Nessa enganação Nessa dramatização Falsa auto-imagem Falta de integridade Não quero sofrer E não ter que pagar Um preço ainda mais alto
8.
Falar, mas não ter sorte na descendência: Ouvidos surdos, armas prontas (Berço negro é nascer torpe) Liberdade é afronta à sorte Para que não haja dor, dor e ódio Não ser vítima de arbitrariedades: olho por olho visto por visto Creio que as minhas preces não sejam claras Ou só se me fazem favores reticentes se me fazer favores desgostosamente Ainda que não seja claro, claro e óbvio Ainda que não seja claro, claro ou branco (Não estão sendo justos!) Não estão sendo justos! Como se faz homem? Como se faz digno? Por que se negar até isso? Cada desprezo em débito Por que é tão ruim assim?
9.
10.
É preciso estar sempre embriagado tudo está nisso, eis a única questão para não se sentir horrível para não sentir o terrível fardo do tempo que quebra seus ombros e o verga pra terra! É preciso embriagar-se sem trégua Mas de quê? Vinho, poesia, virtude à sua vontade Mas embriagar-se E na profunda escuridão Com a embriaguez atenuada Pergunte ao tempo, pergunte ao vento Pergunte ao relógio, hão de responder: “é hora de embriagar-se, para não sentir o terrível martírio do tempo, que o torna escravo e o verga pra terra” É preciso embriagar-se sem regra É preciso embriagar-se sem trégua Mas de quê? Vinho, poesia, virtude à sua vontade Mas embriagar-se
11.
Te odeio, Te nego, Em ti cuspo, Te castro, Te frustro E disso me faço viver Te quero pra mim Mas longe de mim Te faço, daqui, Me olhar num frenesi Meu nome pedir Como homem latir Com olhos vis Me comer, me pedir Como te quero? Como te espero? (Ajoelhado.) O que de ti penso? Quer um exemplo? (“Pobre coitado”.) Se te aceito? Se te desejo? (Não seja palhaço...) O que de ti quero? Aquele berro: (Estardalhaço!) Minha imagem Doce miragem (Com finos traços) Enaltecer Enrubescer (Insaciado) Desprazeres Milhares de vezes (Mas esperançados) Repetidos, então, A exaustão (Nunca alertados) Isso me agrada Me sinto grata (Por esse gado) A mim é mais doce que doce Te ouvir rogar o meu nome Que teu surdo e sujo e seco Dissonante gemido de homem Te corto, Te planto, Te colho, Te uso, Te enfeito, E te jogo fora E isso a me amadurecer Te calo, Me cativo Te rasgo, Regozijo Te seco, Me embriago Em ti bato, Me afago Sorriso em mim transparecer O motivo da minha vida É você pensar que pode me ter O motivo da minha vida É mostrar tua sorte morrer O motivo da minha vida São tuas mãos a me pedir nua O motivo da minha vida É ver morrer o motivo da tua
12.
Até o fim prometido mesmo que não haja sentido Não se espera mais que um pouco além Se se decanta o medo e se impede que passe no meio: Então pra que separar, pra que classificar? Deixe, então, todo aquele medo espalhado por toda a superfície Será que faz parte não haver nenhum motivo pra não apenas ser mais um? Perfilhar as dores Engolir a seco Sufocar com imagens e trajes Ser mais assertivo É ser mais conivente Com a faca que entra entre os dentes Perfilhar as dores Engolir a seco Sufocar com imagens e trajes Se se decanta o medo e se impede que passe no meio: Então pra que separar, pra que classificar? Deixe, então, todo aquele medo espalhado por toda a superfície Será que faz parte não haver nenhum motivo pra não apenas ser mais um?
13.
Minhas mãos perderam o tremor pelo medo da sua perda Mas meu corpo sente o seu terror de uma vida inteira pequena Mas não se esqueça: eu bem o sei E eu escutei: “a vida vale a pena” Você não me engana quando pergunta de novo: “Será que vale realmente a pena?” Só aprenda comigo um pouco: a nossa imagem a gente inventa Só aprenda comigo um pouco: você é duro e eu talvez seja tosco Só aprenda comigo um pouco Você também é, mas faz de conta que não vê Eu sei e acredite, te quero bem Eu sei e acredite, eu te quero bem É uma pena, é uma judiação se você acorda pra vida, não acredita num ‘bom dia’ e sofre de qualquer estranha impressão Mas sua cegueira não falha E a sua lógica te maltrata desdiz o que qualquer um te fala, mas na minha fala não vai ter mais travas Talvez você bata de frente Talvez não tenha nunca fraquejado Mas não entendo por que se contorcer para manter uma mera velha síndrome É pra que aquele que te ver se comova? Ou pra escutar uma salva de palmas? Seria pra que ninguém te veja? Vergonha de suas fraquezas ou medo das sutilezas? Não é possível tanta fortaleza pra esconder todos os sentimentos Não entendo por que esse movimento que se desfaz daqueles que te dão um beijo Mas veja bem: não quero aqui a mesma selva! Não me importa tanto se não há disputa não que eu esteja reticente aos acordos É que eu não gosto mais de estar em um ringue nossa ganância, eu sei, é um asco Nossa ganância se desfaz e traz misérias que doem, além, de envergar pro solo abaixo E acredite: ainda te quero bem E acredite: essa dor me deixa aflito, sim É uma pena, é uma judiação quando você morre e engole que as pessoas não são gratas e eu entendo o seu sofrimento: eu sou igual, mas que igual do mesmo jeito e com trejeitos Quando você decidir como agir Por favor, me comunique Por mais que possa não haver resquícios Eu sei que você merece mais Da vida, que parece que te esqueceu Da vida, que te engoliu Da mesma vida, que tanto te chutou Que todo o seu sangue sugou
14.
Mais do que mereço é o que preciso Pois não faço por merecer Por que se importar com pequenas oferendas? Não querem um simples sorriso Não têm culpa da dor, não têm culpa dos males Nem culpa do próprio egoísmo Vê se me esquece, então...
15.
16.

credits

released January 1, 2002

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De Soslaio São Paulo, Brazil

Alternative rock band from São Paulo which has recorded some albums since 2002 and played now and then.

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