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Nexocis​ã​o

by De Soslaio

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1.
2.
O que há por trás de uma vida batida em pedra? Tem que cuidar senão o ranço quando sai se encrespa Sigo as regras, trilho as metas, evito dar opinião Sei bem o roteiro que faz o dinheiro lustrando a bota da opressão Como chamam laudos de autópsia? Há quem chame de exame de rotina Mas eu nunca falho nesse tubo de ensaio que não enseja ou ensaia saída O que satisfaz? Agora já não me importa mais Coloro com canivete retalhos de terapia Você chutou o cavalete, mas me abster não era uma escolha válida Então te pediria pra tentar aturar a minha arte degenerada Minha língua tem tom de bolor Muito tempo em ambiente insalubre Fechado, selado, criando um abismo Onde a palavra é inacessível Sem pavimento na ponte central Vias inúteis: pra que existem? Sem sinal na ligação medular Estar impedido é só um puro azar Não passa de puro azar Esse azar é só seu Esse problema é só seu Esse azar é só seu
3.
E esse caminho pra trás que me faz não querer mais E esse caminho pra trás que destitui os plurais E a civilidade mínima que havia agora jaz bem fundo E no mais, cansado petrificado, mas sem paz O tiro à distância pegou à queima-roupa Sinais de armas fazem com que tudo morra O que era covarde sugou todas as forças Vamos reaprendendo o idioma da incivilidade Atualizando nossas condutas com a bestialidade
4.
Me pedem um canto Mas não vejo motivo pra cantar Permaneço em silêncio E espero os impropérios que logo vêm: adivinhei É normal, é natural Contrariados, eles se vão e se perguntam: "o que lhe custava cantar?" O mesmo preço que lhes custa sonhar e não sonharão sobre um canto meu Se querem um canto que cantem eles mesmos E não recorram a mim pra satisfazer os seus desejos os seus desejos os próprios desejos Enquanto iam embora, eu entendia aqueles olhares entrecruzados que recriminavam a minha negligência "maldita!" era o que balbuciavam quase ruminantemente O que não é de se estranhar Como quando se perguntaram o que me custava cantar Quanto custava?!
5.
Past freak 03:47
Assumo as minhas falhas De já ter sido canalha De ter já decepcionado De fazer disso um dos meus traços Assumo os meus erros Não tenho medo dos pecados O ato certo pode estar errado E não descarto ter sido o palhaço Ter sido o palhaço Mas pelo menos valorize O mais fácil é o contrário Cada vez é mais raro Botar em xeque o passado Indo em frente no caminho Foco na direção, no destino Mas o retrovisor é atrativo Culpas borbulham: gosto nocivo Que mal teve quando não se quis mal? Que dor surgiu de uma ação pueril? Que ódio existe na poeira? Ninguém morreu ou ninguém viu? Ninguém morreu ou ninguém viu? Todos erraram o tempo todo E isso é um dado Todos os erros são errados Mas, deus, me livre desse fardo me livre desse fardo de ter errado desse fardo de ter errado
6.
Há várias maneiras de humilhar e eu tenho um menu pra você Se constranger, basta apontar: eu vou saber o que você escolher Esfregue a minha pele em superfície abrasiva Transforme o meu corpo em carniça Esfregue tudo em superfície abrasiva Transforme o meu corpo em carniça Candura, por vezes, é fazer doer Bem fundo, no âmago, pra desfalecer E o que fazem os fáceis e prosaicos nessa sala? Juram e remoem a paz inexistente Agulhe a retina pra que o fim não seja visto Agulhe o tímpano pra que os ruídos não sejam percebidos Agulhe a retina pra que o fim não seja visto Agulhe os tímpanos pra que os ruídos não sejam percebidos Candura por vezes é fazer doer Bem fundo, no âmago, pra desfalecer E o que fazem os fáceis e prosaicos nessa sala? Juram e remoem a paz inexistente Perfure o resto até os farelos Perfure o resto até os farelos Perfume as secreções que saem Perfume as lágrimas que caem Perfure o resto até os farelos Perfure o resto até os farelos Mas uma coisa não há que se duvidar Seu crucifixo é cristalino
7.
O que eu listei é o que nos resta Nem sete minutos de festa Nada sem mofo que valha a memória nada há no horizonte que mereça O que eu listei é o que nos resta E é importante saber como será o futuro Futuro de vontades insatisfeitas Que não conhece os seus frutos “Um mundo novo pra descobrir” Mas não, não tenho apenas oito anos Tais virtudes exploratórias Já não dizem nada pra mim Meus sentimentos já são como crustáceos Tem a crosta de um edifício Como queria um bombardeio incendiando Botando abaixo os nossos vícios O que eu listei é o que nos resta Mas não, não sei se fui justo E a minha consciência renasce Renasce pra possibilidades Se o mundo não acabasse É incerto, mas levantemos essa hipótese O que você e eu poríamos no depósito Pra nos livrar do mundo que teria acabado Talvez alguma coisa ou muito pouco Ou atearíamos fogo Muito pouco era o que se esperava pra quem só via a vida da fresta da janela E aglomerava ódios óbvios Um eterno biltre a postos Antes nada se esperava de monossilábicos sempre a espera de uma chance de monocultivar uma monotonia que reverbera Mas antes o que só ouvia um lado Hoje tem uma vida de confirmação E pelo menos teve uma vida Falsa, mas ainda assim Eu invejo, juro que invejo queria ter tido mais certezas de todas essas que estão por aí À disposição, fáceis de consumir Se o mundo não acabasse É incerto, mas levantemos essa hipótese O que você e eu poríamos no depósito Pra nos livrar do mundo que teria acabado Talvez alguma coisa ou muito pouco Ou atearíamos fogo
8.
Ah, não me espere mais pois o meu coração já cansou de sofrer e agora vai tentar viver E agora já sei que preciso mudar a história trocar de retórica Agora entendi que o meu coração já não é mais pra ti Talvez nunca tenha sido Talvez tu não tenho o tido Realmente Verdadeiramente Agora quero ser feliz Vou cuidar de mim
9.
10.
Hoje 05:42
11.
Quando eu olhei pro horizonte já não havia ponte Triste destino de um andarilho que precisa de um caminho sem caminho se está interrompido Tendo que parar tão útil quanto um pulmão lunar Amaldiçoei o meu destino esperando que as veias se comprimissem pra fazer cessar a circulação Porque eu não circulei E não quero ver ninguém circular Nada é como quando um tiro à distância te acerta a queima-roupa Ignorando as leis da física Só pra te cravar a humilhação

about

Como praticamente tudo da banda, gravado em casa.
Menos algumas vozes, que foram gravadas no Choque dB Studio.

A letra de "Tubo de ensaio" é uma parceria com Dija Dijones, que também gravou algumas guitarras da faixa.

Bateria de "Perfure os restos até os farelos" montada também pelo Dija.

"Ave de rapina (versão de causar espécie)", aqui, é uma versão repaginada da música gravada no último disco, Rapinagem, de acordo com a cara que ela estava tomando nos últimos ensaios da banda (Bruno Duarte, Victor Toso - Pirulito -, Rafael Mantovani).

"Hoje" é uma música de Taiguara.

Capa por Vitor Ferreira
Pitacos no áudio e no visual de Bruno Duarte

Mixagem por Rafael Mantovani
Masterização por Paulo Torres

credits

released October 12, 2021

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De Soslaio São Paulo, Brazil

Alternative rock band from São Paulo which has recorded some albums since 2002 and played now and then.

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