1. |
Dialeto faceiro
02:23
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O que que essa vida
me explica?
Que que eu vou levar comigo?
Para mostrar aos amigos
que diziam
Que falavam a mesma língua
Um dialeto estrangeiro
Um dialeto faceiro
Já não lembro mais
O que eu vou levar
dessa vida?
Não diga que eu não posso mais
abusar da benevolência
da sua paciência
Porque o que tá ruim
pode piorar
Pode piorar mais
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2. |
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Me exaure
Me exaure
Me exaure
Só me falta você me consumir
E fraquejar e fraquejar
E desistir e fraquejar
E confundir na última hora e ter que sair
Não me cale
Não me pare
Não me impeça de me ferir
É impossível ser feliz
Mas não é por isso
Que a cor desbotou
Não é por isso,
Impossível pra mim
Trincheira psíquica
Este é o lugar
Onde a seiva bruta não nutre
Este é o lugar
Onde todos os fortes fogem
Onde rangem os dentes
Onde rangem os dentes
Este é o lugar
Onde a saliva só resseca
Onde é bendita a miséria
Onde se acabam os trilhos
Onde está o seu destino
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3. |
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Eu nunca sei o que dizer
Com tudo isso eu nunca sei o que dizer
Mas não devo nada a ninguém nem nunca devi
Pois sempre fui um palhaço que pagou tudo em dia
Não sei dizer. Não tenho nada para oferecer.
O que se espera daquele que é réu?
O que falar daquele que está com
todos os olhos recriminatórios em cima, em fila,
esperando que não nos tratem com desprezo?
Afinal, quem somos nós, avaliadores?
Não vai ser nada fácil ficar calado.
E é assim que eu devo ficar
Não vai ser nada fácil ficar calado.
E é assim que eu devo ficar
Não vai ser nada fácil ficar calado.
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4. |
Faça um favor
03:04
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Você, faça um favor
Mesmo que não seja claro
Traia-se, mas não traia a mim
Você, faça um favor
Mesmo que não seja claro
Esconda ou mostre-se, até eu dizer que é o fim
Você, faça um favor
Seja bom o suficiente
Você não vê?
Preciso ser
Preciso ter
Alguém
Que me compre
Que me traga
E que me larga
Mas nunca
Me deixa só
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5. |
Saber suspeitar
03:37
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Se vale mesmo o preço
E está certo o endereço
Por que ainda não há interessados?
Se faz nosso estilo
E fica bem no currículo
Por que o telefone não toca?
Me diz agora o que isso mostra
Que nós não vimos
Presumimos
Ou não fomos inteligentes pra perceber
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6. |
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Pequenas oferendas
Mais do que mereço é o que preciso
Pois não faço por merecer
Por que se importar com pequenas oferendas?
Não querem um simples sorriso
Não têm culpa da dor, não têm culpa dos males
Nem culpa do próprio egoísmo
Vê se me esquece, então...
Estrupício
Onde é que entra aqui o que
Foi dito bem específico
Que não faltaria nem que minha sede
fosse menos do que dessa água
Onde é que fomos liberados da razão?
Quando é que a escolha começou a se decidir
Pelo nível decibel capaz
Ou por um olhar contumaz
Quando aconteceu?
Como aconteceu?
O que se faz quando não se sabe mais
Nem como começar
Se coça ou se roga?
Se rosna ou se roga?
Ou se desiste
e desembarca?
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De Soslaio São Paulo, Brazil
Alternative rock band from São Paulo which has recorded some albums since 2002 and played now and then.
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