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Refrat​á​rio

by De Soslaio

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1.
2.
Essas ovelhas têm garra Mas não é garra de raça São sim garras de farsa E elas estão com fome E lutam pelo seu sangue E lutam pra conseguir sangue
3.
Quem quer ninguém ao lado põe o dedo aqui que já vai fechar Quem quer ficar quentinho põe o dedo aqui que os muros já vão fechar Quem quer carregar as armas da polícia põe o dedo aqui que já vai fechar Quem quer olhos de vidro lhe cuidando põe o dedo aqui que já vai fechar
4.
O que que essa vida me explica? Que que eu vou levar comigo? Para mostrar aos amigos que diziam que falavam a mesma língua Um dialeto estrangeiro Um dialeto faceiro Já não lembro mais O que eu vou levar dessa vida? Não diga que eu não posso mais abusar da benevolência da sua paciência Porque o que tá ruim pode piorar Pode piorar mais
5.
Estrupício 03:15
Onde é que entra aqui o que foi dito bem específico que não faltaria nem que minha sede fosse menos do que dessa água Onde é que fomos liberados da razão? Quando é que a escolha começou a se decidir pelo nível decibel capaz ou por um olhar contumaz Quando aconteceu? Como aconteceu? O que se faz quando não se sabe mais nem como começar Se coça ou se roga? Se rosna ou se roga? Ou se desiste e desembarca?
6.
7.
Mercadologia 03:06
Para que a vida seja menos estorvante preciso ver todos na merda Desimbuídos, desnudados sem trégua E sentir o suor Escorrer pelas nossas testas Para que a virtude se comprove e quem sabe, de repente, pode até me trazer sorte Sorte de ser percebido Sorte de ser promovido Sorte de ser sucedido Ser totalmente engolido Não tenho nada a perder estando à mercê da sedução de me render Render à falta de vontade Fazer render a produtividade Render os que não se renderam Render aos que me escolheram Ou aos que me fabricaram
8.
Eu nunca sei o que dizer Com tudo isso eu nunca sei o que dizer Mas não devo nada a ninguém nem nunca devi Pois sempre fui um palhaço que pagou tudo em dia Não sei dizer, não tenho nada para oferecer O que se espera daquele que é réu? O que falar daquele que está com todos os olhos recriminatórios em cima, em fila esperando que não nos tratem com desprezo, Afinal, quem somos nós, avaliadores? Não vai ser nada fácil ficar calado E é assim que eu devo ficar Não vai ser nada fácil ficar calado E é assim que eu devo ficar
9.
10.
Eles sabem que não podem concluir de relatos quaisquer fatos Eles sabem que não podem intuir toscamente retrospectivamente Pois é seu relato, então é só um relato, que é seu: apegado E vida é perspectiva, se não soubessem que raio de leitores eles seriam? E estamos confiantes de que notarão os ofícios da profissão Então, não se culpe, os mais atentos já perceberam, o importante Por mais que a ira aparentemente reine, o motor foi a impotência, de uma existência de decadência sem graça, que estilhaça Não, eles não sabem se a infância foi uma bênção Só que você disse que não Não, eles não sabem se a adolescência foi um fardo Só que você disse que não Eles não sabem se a maturidade não lhe reservou nada Só que você disse que não Mas o que eles sabem é que um relato é um relato apegado E vida é perspectiva, se não soubessem que raio de leitores eles seriam?
11.
O que há não se pode dar Sob o risco de nunca mais sair de um ciclo de diz-que-me-diz que desdiz o caso e ganha só por um triz contra toda a razão que pode haver no mundo justificando, então, em vão, pois há muito tempo já era pedido sem ser necessárias indagações ou qualquer coisa que lembre explicações que não deveriam ter sido feitas jamais, nem mesmo formuladas esboçadas, estando à espreita pra se transformar de hipótese em verdade mas a verdade era uma mentira desde o começo você sabia O que isso traz não é pra ser vivido retrospectivamente, você sabia e não nos ajuda em nada, ao contrário entricheira os fatos, contaminando os quartos habitados, exigindo mais do que já temos para viver em paz e acomodar todos medos, por falsos que sejam por pouco que se vejam por mais que nada combatam E o que está em jogo não é nenhuma prova de coragem É, antes, um destempero que busca fuga em desespero Mas sabe que o fim dessa rota não lhe promete nenhuma amostra desta fórmula que nos força
12.
Estaria bom se a pretensão fosse cômica Mas será que alguém escutou alguma palavra dita? O que será que se enconde atrás do seu bom humor? Uma volta perdida em uma orbita esquecida de uma vida de assepsia Então, ria Ria, porque você está pagando Ria, afinal, sexta à noite quem não o faria? Tem um mulato, um albino, um mosquito e a sua libido Pra entreter eu não tenho que te ter eu só tenho é que misturar, misturar “coisas” Veja bem, não há que se duvidar do rigor, do rigor das escolhas Não há que se duvidar da qualidade do que será apresentado Se ninguém explicar que isso não é bom, isso é bom e está estabelecido Se ninguém disser que isso é dor, então dor não será, será um motivo pra mais um sorriso Ria, por cada real que valia, você ria A cada vida que partia, você ria A cada nova dor que surgia, você ria Por fingir que não entendia, e isso é o mais duro
13.

credits

released February 15, 2014

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De Soslaio São Paulo, Brazil

Alternative rock band from São Paulo which has recorded some albums since 2002 and played now and then.

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