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Instrumentaliza​ç​ã​o

by De Soslaio

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1.
2.
O que se tem não é o que se fez E o que se faz não vale mais E se nota olhando pra trás Quando se fala do que se trata Na verdade não explica nada na verdade não explica nada de nada O que importa mesmo é o que vem no fim do mês Digam o que falem que as máquinas parem Elas nunca param não importa a oração Então no fim das contas contabilize a omissão
3.
Ensaio sobre o homem Sobre o homem porque ele está deitado Ensaio minhas tentativas de vida Sobre ele por estar deitado sobre o palco Realmente: ensaio sobre o homem Toda minha vontade de ensaiar Meu suor escorre sobre o seu rosto Mas enquanto o homem estiver deitado eu ensaio sobre ele E não gostou do meu ensaio sobre ele? Se aborreceu das coisas que eu disse dele? É que se ele se deita, eu ensaio sobre ele Se levantasse eu ensaiaria sobre outras coisas E o convidaria Mas ele segue deitado E eu não tenho escolha Então, eu danço sobre o homem Treino sobre o homem Ensaio sobre o homem Mas levante-se, homem! Ensaie comigo! E basta de ensaios sobre o homem Que ensaiemos sobre o palco agora
4.
De que importa a sua vida? De que importa a sua família? Antes o destro escrevendo reprovava agora a mão direita apedreja O seu desejo é uma criança faminta, que como criança, é perverso e cínico que ignora o efeito do que é feito e exige o prêmio por merecer ser única E a sua fome precisa ser sanada nem que precise mastigar os seus ossos Se assim foi, é assim que deve ser como quando a lei não fingia ser cega Ela me vê E ela te vê Ela me vê E ela te vê bem E se ainda restar algum gosto pelo outro Espero que você viaje pra longe E se restar algum amor pelo próximo Eu te ensino que as coisas mudaram: A sua devoção dominical precisa se transformar em cruzada As coisas já não são como eram Quando a felicidade recrutada Era a dos outros Quando a liberdade recrutada Era só a dos outros Quando os braços recrutados Eram os dos outros Quando o sangue derramado Era o dos outros
5.
6.
Eu nunca soube bem que palavra deveria usar Eu nunca disse uma palavra do que eu sabia Mas o que eu realmente não disse é que eu nunca olhei bem pra você, nem espero que você fique, que se explique nem expresse com raiva o que estava já subentendido Se a hora urge e os ponteiros marcam quarenta Já é hora de deitar as cartas sobre a mesa Do outro lado eu vejo você blefando desesperado Mas já não é hora de brincar, espero que você esteja pronto Pra fazer um lar Dos melhores que há pois estamos ansiosos por isso E eu já não quero mais me matar porque o seu beijo de noite me oprime as pálpebras E me faz esquecer que o peso é cansaço E que o amor é ajuda mútua de duas almas amargas Já não é mais salutar esperar uma resposta sã Já não é mais salutar escutar a sua mágoa Uma mágoa é só uma mágoa, já um silêncio é uma bênção E eu não quero mais exigir que você justifique porque prevaricou ou se, de repente, tinha um motivo bom pra prevaricar E eu já não quero mais me matar porque o seu beijo de noite me oprime as pálpebras E me faz esquecer que o peso é cansaço E que o amor é ajuda mútua de duas almas amargas
7.
(música incidental) Estamira Não entendi Mas já não entendo muita coisa Você jurava que era fácil Jurava que era garantido Mas é o caralho Tem-se nojo ao sangue e eu tenho vomitado sangue "Por acaso alguém vai me beijar?" O trocadilo é o copiador de Diazepam O trocadilo é o copiador de Diazepam, eu sei Tem-se nojo ao sangue e eu tenho vomitado sangue e eu tenho vomitado sangue "Por acaso alguém vai me beijar?"
8.
Esta cova em que estás com palmos medida É a conta menor que tiraste em vida É a conta menor que tiraste em vida É de bom tamanho nem largo nem fundo É a parte que te cabe deste latifúndio É a parte que te cabe deste latifúndio Não é cova grande, é cova medida É a terra que querias ver dividida É a terra que querias ver dividida É uma cova grande pra teu pouco defunto Mas estarás mais ancho que estavas no mundo Estarás mais ancho que estavas no mundo É uma cova grande pra teu defunto parco Porém mais que no mundo te sentirás largo Porém mais que no mundo te sentirás largo É uma cova grande pra tua carne pouca Mas a terra dada, não se abre a boca É a conta menor que tiraste em vida É a parte que te cabe deste latifúndio É a terra que querias ver dividida Estarás mais ancho que estavas no mundo Mas a terra dada não se abre a boca
9.
Kirk morreu de causas naturais, tinha 93 em 2014, vivia na Georgia E realmente não há nenhum problema nessa história? Os inimigos são criminosos O que não é verdadeiro para os nossos
10.
Como o tempo passa Eu nunca imaginei Que o meu presente fosse o passado de alguém dado de pirraça sem consideração e no fim das contas ele estava com a razão Como o tempo passa Eu nunca imaginei Que o meu presente Fosse o passado de alguém que nasceu depois e se diz admirado mas que não ouviu sobre cabeças pisadas se viraram hostis ou, de repente, reticentes e não mais queriam tapinhas nas costas Se não se mexe em time que está ganhando então acho que o seu jogo acabou acabou Eu apostei em índole aparentemente em vão Eu não mudei nada E você também não
11.
12.
Portador da síndrome da fadiga crônica É uma coisa a ser levada em conta Primeira coisa a ser levada em conta Portador da síndrome da fadiga crônica Testada em laboratório de ponta Imune a qualquer argumento contra Suga força como uma esponja cansaço que não se doma Por isso deve ser levada em conta
13.
Se, às vezes, quando dói demais E tudo já está escuro Como que eu vou fazer outra vez pra esboçar aquele sorriso de sensatez Quem foi que roubou os doces da mesa? Tirou o dia só pra fazer desfeita? Que já tinha falado de tudo mas que resolveu falar ainda mais Quem diz ouve o que não quer E pra quem não faz também não tem volta atrás Então eu só vou pegar a estrada Se for a pro interior Que haja presságios nobres Que se tragam cores brilhantes Pra brilhar, de fato, verdadeiramente Por que falso brilhante, o disco já bastava Se a madrugada já caiu e a extinção do barulho já foi decretada E nada que se busque se acha, Nem mesmo que se rogue uma dose de comiseração Se um sonho brega foi retraído Em benefício de um absurdo lícito O que se diz pra quem só quis fazer sorrir todo aquele que lembrar gestos de juiz Não se soube que uns são pra julgar E outros pra estar na contramão Gente de brio em cujo sonho talvez não se garanta que a cafonalha não seja soberana Mas essa é a verdade que eu não quero ver Quem decretou esse luto não fui eu
14.
automático / semi-automático
15.
Longe 03:31
Nada do que fez sentido um dia faz hoje em dia Não há mais nada de bom na poesia Das ruas às carceragens, o que restou? Restou a mágoa, o ressentimento e a ressaca Estou a cem mil passos do paraíso Aqui os pedidos de ajuda não convêm Aqui os alarmes não alarmam ninguém Aqui a solidão é densa, volumosa pesa e enverga e corrói Estou a cem mil passos do paraíso Onde a cidade se diz em risco Perigo sobre a liberdade Se os ricos afirmam, os pobres confirmam Essa é a nossa sina E estamos presos por causa da chacina que nunca existiu E estamos presos pela chacina que nunca existiu Estou a cem mil passos do paraíso

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released April 19, 2015

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De Soslaio São Paulo, Brazil

Alternative rock band from São Paulo which has recorded some albums since 2002 and played now and then.

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